Inclusão Digital No Brasil

Resumo

O mundo digital no Brasil ainda é privilégio para poucos. As classes A e B, continuam predominando no meio informatizado. Programas e ações de inclusão digital criadas pelo Governo federal e outros órgãos tem trabalhado a participação da classe menos favorecida na tecnologia digital.Ações de diminuição de custos de micro e ensino prático e teórico de informática à grupos da classe C, são alguns dos projetos de inclusão trabalhados no País.

Palavras-Chave: inclusão digital, governo, Brasil

1. INTRODUÇÃO

Desde seu surgimento em meados de 1969, a internet, só fez crescer. Com o fim da guerra fria, o surgimento da Web em março de 1989, e a disponibilidade da rede para o meio comercial, ajudaram na expansão rápida da internet. À Medida que os microcomputadores tornavam-se cada vez mais potentes, e as tecnologias de comunicação se aprimoravam, os aplicativos, consequentemente, tornavam-se mais sofisticados. A maior fonte de conhecimento da humanidade, com maior diversidade de aplicações, atende hoje a uma série de necessidades.
A versatilidade oferecida pela manipulação de dados eletronicamente , foi um dos motivos de sua adoção como ferramenta de trabalho nos diversos segmentos da sociedade.A difusão dos microcomputadores obrigou a sociedade a repensar. A facilidade e eficácia dos meios digitais, ocuparam um espaço significativo no meio de trabalho. O desperdício de tempo e dinheiro, ganha rapidez e comodidade com o surgimento dos meios digitais.Um dos aplicativos que sempre esteve associado à internet foi o e-mail. Embora inicialmente este fosse de utilização mais complicada, o e-mail foi uma das ferramentas utilizadas para comunicação entre instituições e pessoas conectadas à internet.
Com o Crescimento da internet e Web, diversas novas características foram dadas ao e-mail, a fim de facilitar o seu uso. Além do e-mail, foram criados diversos outros provedores e canais de comunicação. Temos hoje, uma infinidade de sites e canais que facilitam a vida de usuários no trabalho, na formação acadêmica e no uso pessoal.
Há alguns anos atrás, a internet ainda era privilégio de poucos. Apesar de ainda apresentar um quadro de usuários de classe média e alta, os meios digitais hoje, conseguem atingir públicos de classe baixa, por meio de ações de inclusão digital.

2. INCLUSÃO DIGITAL NO BRASIL

A penetração da internet nos lares das famílias das classes média e alta é indiscutível. Praticamente todos têm computadores e as parafernálias que fazem parte do confortável universo digital. Apesar de ainda ser uma parcela mínima no meio digital, a classe baixa também está se familiarizando com as facilidades oferecidas por esses seguimentos. O ritmo desse fenômeno é lento, mas irreversível.
Cada vez mais, a estratificação social e o acúmulo de riqueza se dão em função da capacidade de acessar e processar conhecimento. O acesso cotidiano às redes, equipamentos e o domínio das habilidades relacionadas às tecnologias de informação e comunicação é requisito indispensável à integração social, atividade econômica e fortalecimento da cidadania. A atuação dos governos em parceria com a sociedade na promoção da inclusão digital é componente que se insere no esforço nacional em direção à inclusão social e ao aumento da competitividade estrutural da economia brasileira. A despeito do dinamismo alcançado pela disseminação da internet e das tecnologias de informação e comunicação no segmento empresarial, o número de usuários de internet no Brasil é estimado em 14,3 milhões, concentrado nos segmentos de alta renda. Dessa forma, a exclusão digital se combina com a herança persistente da desigualdade sócio-econômica, exigindo ações integradas de amplo alcance voltadas para a cidadania.
A inclusão digital está estritamente vinculada à problemática da inclusão social dos meios menos favorecidos. O programa de inclusão digital, nada mais é que um meio da promoção da inclusão digital. Os beneficiários do programa de inclusão digital estarão recebendo conhecimento das técnicas e práticas envolvidas na área da informática, não como um simples conhecimento, e sim como uma ferramenta útil e prática a ser utilizada nas atividades desenvolvidas nos postos de Trabalho. O Programa contribui também para a melhoria do ensino formal e da educação da população menos favorecida.

3. PROGRAMAS DE INCLUSÃO DIGITAL

O Governo Federal tem executado alguns programas e apoiado ações de inclusão digital por meio de diversos programas e órgãos. Dentre alguns dos programas de inclusão, temos o “computador para todos” Criado pelo O governo Federal por meio do Ministério da Ciência e Tecnologia e Serpro e Ministério de Desenvolvimento que objetiva oferecer à população brasileira apoio na compra de equipamentos alinhados às necessidades atuais. A idéia é fazer com que a população possa adquirir equipamentos mais potentes, com preços acessíveis, utilizando o crédito do Banco do Brasil e da Caixa Econômica. O principal destaque da medida é inserção dos computadores portáteis.
Cada vez um número maior de Brasileiros utilizam esse tipo de equipamento. Pensando em facilitar a compra para o público em geral, o governo federal vai oferecer crédito para peças que cheguem até o valor de R$ 1.800,00. Os interessados terão as mesmas condições oferecida para os computadores de mesa (desktop), que também sofre mudanças. Além do preço de auxílio, que será reduzido de R$ 1.400,00 para R$ 1.200,00, o equipamento padrão ganha mais memória e possibilidades de utilização de dois processad.
Dentre outros programas de inclusão Digital criadas pelo Governo Federal, podemos citar: Casa Brasil, CVT- Centros Vocacionais Tecnológicos, Kits Telecentros, Observatório Nacional de Inclusão Digital, Telecentros Banco do Brasil, Centros de Inclusão Digital e outros. Este último é uma ação que compõe o Programa de Inclusão Digital do MCT. O Programa constitui-se em um instrumento de promoção da inclusão social, cuja responsabilidade é da Secretaria de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social (SECIS) e tem como objetivo proporcionar à população menos favorecida o acesso às tecnologias de informação, capacitando-a na prática das técnicas computacionais, voltadas tanto para o aperfeiçoamento da qualidade profissional quanto para a melhoria do ensino

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A inclusão digital tem trazido um novo mundo à classe menos favorecida. Programas de diminuição de custos de micros, ações de ensino técnico e prático de informática, dentre outros, tem ajudado de forma significativa algumas famílias de classe baixa à utilizar-se dos meios digitais para educação, trabalho e uso pessoal.
Entretanto, sabe-se que tais programas e ações ainda atendem à uma fatia mínima do público de classe baixa. A inclusão digital está diretamente ligada à inclusão Social. A diminuição de custos quanto à micros, ajuda, mas não resolve a situação de exclusão digital da população. Tudo é custo,o gasto para ser usuário da internet, envolve muito mais que a compra de um micro, envolve custos com linha telefônica, banda larga, manutenção de equipamento dentre outros. Sabe-se que esses gastos não são possíveis para um assalariado por exemplo. A questão é muito mais complicada do que se imagina, não desmerecendo as ações que buscam inserir grupos de classe baixa no movimento digital. Todo e qualquer programa que ajude um, dois ou mais grupos, independente do número que se encontre fora, será sempre bem recebido, porém, a solução para este problema, não está apenas na atuação de projetos e ações, a inclusão digital, depende da inclusão social.

BIBLIOGRAFIA

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